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Meu início no Diário do Povo de Campinas
A demissão do Jornal de Domingo, num primeiro momento, me assustou e preocupou. Estava pagando o financiamento de minha casa em Campinas com dois anos quitados num total de 20. Tinha um horário tranquilo – das 12 às 18 horas – e achava que me aposentava ali. Foi então que me lembrei do professor Romeu Santini, na velha PUCC.
O então vice-governador Orestes Quércia havia comprado metade do Diário do Povo e era dono da Rádio Central e Santini fora chamado para dirigir os dois. Advogado, vereador e professor, o também jornalista Romeu Santini anotou, a lápis, meu telefone num canto de uma folha de papel que estava sobre sua mesa e me disse que estava “tomando pé” da redação do Diário e que logo me chamaria. Romeu Santini foi meu professor em 1974. Ele confessou que se lembrava do meu nome por causa do Jornal de Domingo, mas não sabia que fora meu professor. Afinal, haviam se passado dez anos… Pela forma como anotara meu telefone, imaginei que jamais voltaria a ver Romeu Santini. Tanto que no dia seguinte lembrei do Jornal da Cidade de Jundiaí, onde começara e que tinha no comando meu amigo Sidney Mazzoni.
Nem liguei para marcar! Tomei o Capriolli em Campinas e rumei para Jundiaí. Mazzoni disse que estava com problemas na redação, que tinha ocorrido uma greve e todos os jornalistas foram demitidos. Ficaram ele, que era o editor-chefe, Milton Leite, que era chefe de reportagem e Alcir de Oliveira, que era editor de Variedades e não aderira ao movimento. Marquei para começar na semana seguinte, já que era uma quinta-feira e voltei para Campinas, já imaginando minha mudança, de novo, num caminhão e voltando à terra natal.
Faltavam alguns detalhes para acertar com Mazzoni e um deles era o salário, mas isso não seria problema. Na sexta-feira, na hora do almoço, o telefone de casa tocou. Era Romeu Santini. Assustei ao ouvir a voz inconfundível do professor e fui à rádio, no final da tarde, atendendo um pedido dele, para conversar.
Marquei o início do trabalho para a segunda-feira e avisei Mazzoni de que não iria para o JC. Afinal, no Diário seria editor e no JC, repórter. A chance de crescer em Campinas era maior. Santini só me alertou que havia gente na redação que não aceitava minha contratação, simplesmente porque eu tinha sido editor-chefe de um jornal, mesmo que fosse semanário. E comecei!
No primeiro dia, problema: vi Romeu Santini sair para uma reunião com Sérgio Roberto de Paula – editor-executivo e o editor de Política e Economia do Diário. Fiquei esperando serviço, porque nenhum deles me dera qualquer informação. Ana Maria Fantini, a chefe de reportagem, comandava os repórteres que entravam e saíam da redação. Uma hora depois os três retornaram. Sérgio Roberto de Paula me chamou para uma troca de meia dúzia de palavras. Fui informado, então, que, a partir daquele instante as editorias de Política e Economia ficariam sob minha responsabilidade, porque o editor, Edmilson Siqueira, estava saindo do jornal.
Confesso que me assustei num primeiro momento. Afinal, vinha de um semanário com editorias “lights” e, já no primeiro dia seria responsável pelas maiores editorias do jornal. Depois, claro, da editoria de Cidades. Sérgio foi um grande amigo na redação. Recebi orientações dele sobre o que e como fazer. Perguntou se sabia diagramar e, com a reposta afirmativa, recebi os diagramas das páginas que estariam sob minha responsabilidade. E o primeiro dia foi “canetar telex”, diagramar, editar, dar títulos e definir, com Sérgio, o que seria chamada de capa.
E já no primeiro dia, a manchete do jornal era da minha editoria: Economia! Confesso que me animei com o trabalho. Afinal, saíra do Jornal de Domingo em julho de 1984 e no dia 12 de setembro começava no Diário do Povo onde trabalhei até 1992.