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Castelo é cenário para encontro de Mochileiros

Cerca de 200 mochileiros, vindos de quase todos os estados do país, promoveram uma reunião de confraternização, nos dias 29, 30 e 31 de agosto.
O palco para o encontro foi o Castelli Di Palma, em Curitiba, no Estado do Paraná, um castelo quase centenário e de características medievais, ornamentado com jardins esculturais e arquitetura imponente. Com capacidade de acomodação para 400 pessoas, todas as necessidades dos viajantes e infraestrutura para o evento foram plenamente atendidas, com destaque para a segurança e conforto dos participantes.
Por volta das 20 horas de sexta-feira (29) os participantes começaram a se concentrar. Após manterem contato virtual, os mochileiros se socializaram e alicerçaram novas amizades. Entre as atividades desenvolvidas estavam o futebol, basquete e uma curiosa trilha ecológica. O ponto alto do evento aconteceu na noite de sábado, com a realização de um elogiado baile a fantasias.
Reis, rainhas, cavaleiros, gladiadores, freis, carrascos, entre outros, ‘confrontaram-se’ no salão social do castelo, em meio a duas piscinas aquecidas, abastecidas com água mineral de uma mina local, variados pratos de doces, salgados, coquetéis e muito som, luz e animação.
O DJ curitibano, Cleverson Vidal, trouxe para o evento uma performance musical de alta qualidade, de forma que atingiu a máxima satisfação dos convidados. Já a super banda ‘Seventh Horse’, que veio de São Paulo exclusivamente para agitar a noite, foi muito elogiada por todos.
Com repertório diversificado e ênfase no projeto de Classic Rock, Heavy Metal e Hard Rock, a 7th Horse embalou o bom e velho rock’roll, uma harmonia perfeita entre ocasião e tema do evento, com destaque para “Dream On” (Aerosmith), TNT (AC/DC), Iron Man (Black Sabbath), Ace of Spads (Motorhead), Smok on the Water (Deep Purple), entre muitos outros.
No centro das atenções estavam Leonardo Brindeiro (vocal e guitarra); Vagner Lima (Guitarra); Fernando Guimarães (contrabaixo) e Douglas Assunção (bateria). Cercados pelos lendários personagens medievais, os músicos encontraram inspiração para conduzir o agitado evento madrugada afora.
Entre uma pausa e outra, o DJ entrava em ação, com uma composição de músicas eletrônicas e estilos atuais que levaram os participantes a balançarem suas fantasias no salão.
Os aniversariantes também foram lembrados, homenageados e parabenizados. À frente do público, o DJ Cleverson comandou um ‘parabéns eletrônico medieval especial’, que foi acompanhado com palmas por todos os convidados.
Cartões de descontos de diversas lojas foram distribuídos e ‘regalos’, doados por lojas parceiras, foram sorteados aos fantasiados, com destaque para os prêmios oferecidos pela Hi-Tech Store (www.hi-tecstore.com.br).
A música só parou por volta das 5 da manhã, quando as armaduras foram desatarraxadas, as espadas e escudos colocados à baixa guarda e o grupo fez uma pequena pausa, até o momento do café da manhã de domingo, quando todos se reuniram no salão social para um dia que foi marcado pela despedida.
O ‘imperador’ paranaense, Regilielton Giovanelli, um dos organizadores do evento, disse que a confraternização reuniu mochileiros de quase todos os estados brasileiros. Segundo ele, o encontro tinha como objetivo ampliar o ciclo de amizades mochileiras para futuras viagens. E tamanho foi o êxito, que antes mesmo do evento, os até então ‘desconhecidos’ já foram se encontrando em bares e até em trilhas.
“Muitas pessoas chegaram ao Castelo parecendo ‘velhos conhecidos’ e outras tantas lá se tornaram grandes amigos. Acredito que quem não tinha uma companhia para viajar, agora, não terá é uma data no calendário para tantos convites, que inclusive já estão sendo feitos. A galera toda já aguarda por um novo encontro mochileiro e acredito que no próximo,o número de pessoas irá dobrar, assim como as amizades e as alegrias”, disse Lielton.
Para a “fadinha” gaúcha, Graziela Nunes, o evento superou todas as expectativas. “Foi sintonia, foi alegria, foi incrível. Esperamos que uma segunda edição aconteça em breve para podermos rever os amigos”, disse.
O “mosqueteiro” mineiro Jackson Cardoso, de Belo Horizonte, fez questão de usar as redes sociais para parabenizar a organização do evento e agradecer a todos que colaboraram para o encontro acontecer.
“Parabéns a todos os anfitriões que assumiram o desafio e mandaram muito bem nesse evento. Só conheci gente bacana, doida, alegre, divertida, inteligente, sem frescuras, de alma leve e espírito livre. Me identifiquei com todos. Um grande abraço”, escreveu.
Já a “freira” capixaba, Tamires Lophes, o encontro nacional de mochileiros foi sensacional. “Foi um misto de todas sensações que um mochileiro pode sentir durante toda sua vida e isso em apenas um final de semana.”, falou.
Já para o jornalista “carrasco”, Luiz Carlos Izzo, de Itupeva/SP, o encontro serviu para manter as amizades, renovar as antigas e buscar as novas. “Tive a grata satisfação de viver um final de semana maravilhoso, ao lado de pessoas maravilhosas, divertidas e, juntos, brindarmos a amizade e o amor por um hobbie, viajar. O lugar, majestoso e imponente, não poderia ter sido o melhor cenário para a realização desse nosso fabuloso encontro que já deixa saudades. Que todos mantenham as amizades conquistadas, renovem as antigas e aguardem as novas”, concluiu.
Organização nota 10
O aeroporto Afonso Pena, na grande Curitiba, foi o ponto de concentração na chegada dos participantes, muitos deles já fantasiados e com sorriso aberto no rosto, ansiosos para contemplar o majestoso castelo. A organização do evento foi muito elogiada por todos, já que muito antes da realização todas as dúvidas dos colegas já haviam sido esclarecidas pelas redes sociais. Vans foram colocadas à disposição para o traslado até o local e também disponibilizadas para o retorno, no domingo, até o aeroporto.
Contribuição Social
O Encontro Nacional de Mochileiros também contribuiu com a causa social e, com a ajuda de todos, deu um show de solidariedade.
Cem unidades de cobertores foram adquiridas pelos organizadores e vendidas para os participantes.
Após o uso, as peças foram doadas para o Lar “Vovó Zeli” e para a “Associação Lar Criançarteira”, que acolhe vinte crianças em regime de internato.
O exemplo deixado por todos os participantes do Encontro Nacional de Mochileiros vai muito além da socialização, pois se preocupou em contribuir com idosos asilados e também crianças em situação de vulnerabilidade social. A entrega dos cobertores foi realizada por Regilielton e Andressa Silva.
O mochileiro
O Encontro Nacional de Mochileiros deixou muitas saudades. E para você, leitor, que chegou até aqui e está se perguntando o que é ser um ‘mochileiro’, é o viajante independente que busca fazer suas viagens de forma econômica, elaborar seus próprios roteiros e que prefere a vida roots, ou seja, dar liberdade para a mochila, enchê-la de sonhos e aposentar as tradicionais rodinhas.
O verdadeiro mochileiro consegue multiplicar o prazer de viajar, pois começa tudo no planejamento, antes mesmo de sair de casa, quando inicia o traçado das rotas que é marcado pela flexibilidade e liberdade, ficando distante dos guias de cartas marcadas, livres de agenciadores e aproveitadores e, com isso, pode dar mais ênfase no conhecimento, na aventura e principalmente na diversão.
Uma independência que possibilita escolher quais os principais pontos a serem explorados na viagem, quais os atrativos a serem visitados, o clima, as paisagens e quanto tempo será necessário para cada visita, para que só depois possa realmente colocar os pés na estrada. O tempo é sempre amigo do mochileiro, diferente dos viajantes tradicionais, que ficam engessados a roteiros e nos grupos de viagens. Agentes que, na grande maioria das vezes, apresentam um trajeto comercial com foco nos lucros, nos benefícios próprios e em parcerias com comerciantes que se beneficiarão com a visita e, consequentemente, com o gasto do grupo.
O mochileiro busca, também, meios de hospedagens hospitaleiras e mais econômicas que, como recompensa, retribuem com a facilidade incrível de se fazer novas amizades, algumas para toda a vida.
E é nesta modalidade de hospedagem que se evidencia a socialização. É o lugar certo para quem busca fazer amizades, conhecer novas culturas, idiomas, tradições e costumes.
O mochileiro é faminto pelo novo. É a pessoa que, sem gastar muito, busca romper as fronteiras, desbravar os horizontes e conhecer o mundo. Usa muito o cérebro, desde a elaboração do roteiro, estudo do trajeto, métodos de condução, hospedagem e alimentação. Não se preocupa com o luxo e dispensa o conforto de um hotel 5 estrelas, bem porque este ficaria com as portas fechadas durante todo o dia e também em grande parte da noite. Atenta-se com a segurança, localização, higiene e a praticidade do local. Tem como foco a redução das despesas, muitas vezes não por limitação, mas por uma questão de opção, já que poderá direcionar suas economias para o investimento na viagem, a exemplo de benefícios que proporcionem diversão, prazer ou mesmo ampliar seus horizontes, por meio de uma forma totalmente aventureira e enriquecedora.
Em uma tradução mais literal da palavra, mochileiro é aquele que carrega uma mala nas costas. É a pessoa que tem o espírito livre, que atravessa fronteiras e que está aberto à socialização e ao contato próximo com a natureza. Ser mochileiro é ser livre, é ser você mesmo, é ser original.
E para você que se interessou pelo assunto e quer dar o primeiro passo para se aventurar e conhecer o mundo por meio da mochila, basta para isso ter vontade de se aventurar e dar o primeiro passo. Comece conhecendo paraísos mais próximos, cidades históricas e cartões postais já consagrados.
Não tenha medo de se aventurar, mesmo que seja desacompanhado, e deixe as comodidades de lado. É muito comum encontrar viajantes de classe abastada, profissionais da medicina, engenharia, empresários, jornalistas, enfim, uma gama de profissionais viajando com mochila nas costas pelo simples prazer e sensação de liberdade. Pessoas inteligentes e conscientes que querem extrair o máximo de suas viagens.
Desapegue da ideia de que ser mochileiro é viajar correndo perigo, ficar sem ter onde dormir e até passar fome. Muito longe disso. Na verdade essa classe de viajante respeita o dinheiro proveniente da labuta diária e tenta pagar o preço justo pelo valor do produto ou serviço oferecido. Com isso, estica ao máximo os recursos para que, da mesma forma, possa esticar a viagem e também seus sonhos.
Mochileiros.com
Então, ficou com vontade de botar o pé na estrada? Se a resposta for sim, vale a pena conferir informações e dicas sobre os lugares de destinos que deseja visitar. Comunidades interativas em redes sociais temáticas podem ajudar você, fornecendo opiniões e dicas sobre os lugares, serviços, hospedagem, roteiros e segurança. Se desejar aventura, você poderá até encontrar uma companhia para a sua viagem, comparando as datas e destino da sua viagem com as informações dos outros usuários conectados ao seu perfil. Uma boa dica é o site mochileiros.com, que é o maior fórum para viajantes independentes, mochileiros e montanhistas do Brasil.
Autointitulada a maior comunidade de viajantes independentes de língua portuguesa, o Mochileiros.com foi uma iniciativa de Silnei Andrade, que criou o fórum em 1999. Na época, o Mochileiros era um apêndice do portal Mochila Brasil, criado para custear uma viagem de dois anos pelo País.
Hoje, tem mais de 70 mil cadastrados e recebe 350 mil visitantes únicos por mês. A tendência é que o Mochileiros se torne uma rede social – em breve os usuários poderão ter lista de amigos, álbum de fotos e blog. Algumas ferramentas terão mashup com o Google Maps.
Lembre-se, mochilar não é uma opção ou um hobby, mas sim um estilo de vida, onde o principal interesse é adquirir novos conhecimentos, conhecer culturas e valores diferentes e desfazer de antigos paradigmas, construindo novos conceitos baseando na experiência adquirida, aprendendo na maior e melhor escola do mundo, que é o próprio mundo.
Agradecimentos: A todos os participantes do evento, em especial aos colegas que cederam as fotos para ilustrar a reportagem, entre eles: Rapha Oliver; Claudia Severo; André Peixoto; Franciane Garcia, Fernando Guimarães; etc, etc, etc…